Beijinho no Ombro / Coral da USP/Universidade de São Paulo / Valesca Popozuda / Anitta

Coral da Universidade de São Paulo

Vale a pena ser brasileiro?

  Acabo de ver, pela TV Record, as seguintes notícias: O coral da USP (Universidade de S. Paulo) resolve inovar, interpretando em seus recitais, o Funk "Beijinho no Ombro" da renomada compositora valesca popuzuda.

 Outra: A Banda da polícia militar também inova, interpretando em praça pública o grande sussesso "O Show das Poderosas" da célebre intérprete e compositora anitta. Blarrrrrrgggg (acabo de vomitar, perdão).

 Agora, ainda não completamente conformada com tamanha indignidade humana, a ignóbil repórter  conclui sua esdrúxula e repugnante matéria com a seguinte informação: "Isso não é só no Brasil não, em Amsterdã, uma sinfônica apresenta seus espetáculos dentro do metrô. E exibe um vídeo onde se vê uma pequena camerata (naturalmente uma sinfônica não caberia num carro de metrô) interpretando As Quatro Estações (Primavera) de Vivaldi.

 Pôrra, sim eu disse pôrra, caro leitor. Pôrra, como é que uma filha da puta dessas, seus asseclas editores e sequazes da malfadada TV empurram, ou, tentam empurrar na goela (queria dizer outra coisa, começada por C) do povo brasileiro uma falácia escrôta dessas, e ainda, na tentativa ignóbil de atenuar a situação de cretinice que se apoderou do povo brasileiro, ainda fazem uma comparação imbecil com o culto povo Holandês, que nada tem a ver com a  pusilanimidade do manso povo brasileiro.

 Caralho (hoje estou que estou), A Camerata lá de Amsterdã estava tocando música erudita, para um público receptivo, enchendo o ambiente urbano de elevação espiritual, gôzo, paz e encantamento, enquanto a merda do coral da USP, trasmitia, com extrema parvoíce, através de uma música que nem pode ser taxada de música, sentimentos de vergonha, de desonra, de ignomínia, infâmia e injúria. Atitude completamente abjeta e indecorosa, muito imprópria a um coral de tanto renome, lastimável...

 Quanto à banda da polícia militar, nem vou referir, por ser gente ignorante da caserna, a estes, qualquer ignomínia é justificável por culpa da pouca ou quase nula cultura.

 Por hoje tá bom, não vou comer mais senão não sobra pra janta.

 E que Deus nos livre do Brasil.(*)

(*) Expressão de uso corrente nos séc. XVI e XVII

 

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